EVANGELISMO
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Zelina M.R. da Paz
Tem este trabalho o objetivo de
despertar, incentivar, mostrar aos missionários a necessidade de cumprir o
imperativo divino, encontrado em João 21.15:
“Apascenta meus cordeiros”
Á
- É - I - Ó – U DO
TRABALHO COM CRIANÇAS
Segundo o
Dicionário Aurélio, Á - É - I - Ó - U, é a substantivação de a, e, i, o, u com
que se designam as primeiras letras ou rudimentos de uma matéria.
Você se
recorda de como veio a aprender a ler e escrever? Lembra quantas vezes escreveu
as vogais em seu primeiro caderno?
Para deixar
de ser analfabeto é necessário dominar, em primeiro lugar, os rudimentos da
gramática, e, infelizmente, quantos ainda vivem em absoluta ignorância!
No trabalho
com as crianças existe, também, muita ignorância por não se conhecer as noções
básicas para se obter resultados satisfatórios e eternos.
Há muitos que
são ANALFABETOS em trabalhos com crianças, fazendo tudo de maneira
apenas superficial e sem qualidade.
Deseja
conhecer e dominar esta matéria? Então escreva em sua mente e coração, até
gravar bem, o Á-É-I-Ó-U do trabalho com crianças.
A - AMOR
“Depois
de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me
mais do que estes outros? Ele respondeu: sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele
lhe disse: APASCENTA OS MEUS CORDEIROS” (Jo 21.15)
Pedro que
negara ao Senhor três vezes é questionado três vezes pelo Senhor: “Amas-me”
e só ao responder: “Tu sabes que te amo” é que recebe a missão de
apascentar, pastorear, tanto cordeiros como ovelhas.
Interessante
neste texto é Jesus utilizar a palavra “cordeiro” que identifica
os pequeninos de um rebanho de ovelhas, o que nos faz pensar que, também, as
crianças precisam de cuidado pastoral. Sim, as crianças precisam ser
apascentadas e não pajeadas.
Muitos
trabalhos com crianças se resumem apenas em tomar conta dos pequenos
para que não atrapalhem os grandes e os que estão à frente das crianças tios
ou tias que pouco ou quase nada fazem par a formação espiritual das
mesmas.
O que leva
alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as crianças é
estar tomado de amor ao Senhor Jesus.
Só quem ama
ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de
Cristo nos constrange, julgado nós isto: Um morreu por todos, para que os
que vivem não vivam para si mesmos, mas para aquEle que por eles morreu e
ressuscitou” (II Co 5.14-15).
É preciso
verificar que no Velho Testamento encontramos o mesmo princípio. Em
Deuteronômio 6.4-9, antes da ordem para que os pais inculquem a Palavra de Deus
em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo
o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
Não haverá
ministério eficaz com crianças sem um coração pleno de amor ao Senhor.
E -
ESPERANÇA
“Que
virá a ser, pois, este menino? (Lucas 1.66)
Quando estas
palavras foram pronunciadas, por ocasião do nascimento de João Batista, o seu
pai, Zacarias, tinha uma profunda convicção e esperança, chegando a afirmar: “Tu,
menino, serás chamado profeta do Altíssimo” (Lucas 1.76).
No Velho
Testamento, no Salmo 78 versos 1 a 8, fica bem claro que ao falarmos às futuras
gerações sobre o Senhor e a maravilha de seu Amor e sua Salvação, estas
crianças confiarão ao Senhor e serão obedientes à sua vontade, escapando de
virem a ser uma geração rebelde e infiel.
O trabalho
com as crianças exige que se olhe para o futuro com a esperança que elas
não serão escravas de Satanás, mas serão servos fiéis; que elas não estarão
perdidas, mas salvas eternamente; pois, semearemos em seus corações a
preciosa Palavra do Senhor que tem a garantia de não voltar para Ele vazia.
Não haverá
ministério eficaz com as crianças sem esta esperança de que veremos os frutos
de nosso trabalho, para a glória de Deus.
I -
INVESTIMENTO
Então lhe
disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário.
A mulher tomou o menino, e o criou (Ex 2.9)
Quanto custa
formar uma criança? Sem dúvida trabalhar com os pequeninos exige gastos, exige
investimentos. Investimentos não só de dinheiro, de material, mas também de
tempo.
Quanto
trabalho com crianças é feito na base de improvisação e pode-se afirmar
seguramente que é para as atividades que envolvem as crianças que nunca se
conseguem as verbas necessárias. Embora se saiba que o trabalho com as crianças
produz mais resultados do que o trabalho com jovens e adultos, chegando alguns
a afirmar que dá um retorno de 90% contra 10%, investe-se apenas 10% nas
crianças, quando se investe.
Não haverá
ministério eficaz com as crianças sem assumir os devidos custos:
a) custos
para melhor preparo de aulas;
b) custos
para ter-se melhores materiais didáticos;
e) custos
para se transmitir melhor o ensino da Palavra de Deus às crianças;
d) custos
para se tornar uma influência amiga e marcante na formação da personalidade da
criança.
O - ORAÇÃO
Levante-te,
clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como água
perante o Senhor; levante a Ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que
desfalecem de fome à entrada de todas as ruas (Lm 2.19).
Diante de um
quadro terrível, quando o povo estava sendo levado para o cativeiro, levanta-se
este desafio do profeta Jeremias: “Clama ao Senhor pela vida de teus
filhinhos”
Mais do que
nunca há necessidade de oração em favor das crianças. Nada poderá ser alcançado
senão através da oração.
Aquele que
trabalha com as crianças precisa aprender o segredo da oração por si mesmo,
pelo seu preparo, que sua vida seja um exemplo e pala salvação das crianças e
seu crescimento espiritual.
É imperioso
reconhecer a verdade daquela afirmação de Agostinho: “É mais importante
falar de Deus acerca das crianças, do que falar às crianças acerca de Deus!”
Não haverá
ministério eficaz com as crianças sem a prática da oração.
U - URGÊNCIA
“Assim, pois,
não é da vontade de vosso Pai Celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mt
18.14).
É urgente
ganhar as crianças para Cristo. Enquanto crianças elas são mais suscetíveis
de serem evangelizadas, de reconhecerem seu pecado, de crerem na pessoa e obra
de Jesus.
A medida que
vão crescendo, que vão se adultizando, vão também endurecendo os seus corações
e ficando cada vez mais marcadas pelos pecados.
Tem sido
comprovado que os 85% dos que são cristãos, tomam esta importante decisão entre
15 e 30 anos; 4% após os 30 anos e 1% de 1 a 4 anos.
Esta
estatística nos mostra como é urgente ganhar as crianças. Infelizmente muitos
não crêem na evangelização das crianças e protelam a comunicação da mensagem.
Quantas
crianças acabam sendo igrejadas e não evangelizadas!
Quem trabalha
com as crianças deve ter como prioridade conduzí-las à salvação em Cristo, pois
esta é a vontade de Deus.
Não haverá ministério eficaz com
as crianças sem este sentimento de urgência quanto ganhá-las para Jesus.
Sim! Eis aí o Á-É-I-Ó-U
do trabalho com as crianças, os rudimentos básicos para ter um trabalho
frutífero.
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